Do ponto de vista psíquico o stress traduz-se na ansiedade. A ansiedade é, assim, uma atitude fisiológica(normal) responsável pela adaptação do organismo às situações de perigo. Por exemplo, as mudanças ocorridas no nosso desempenho físico quando um cão feroz nos tenta atacar, quando fugimos de um incêndio, quando passamos por complicações no trânsito, quando nos tentam agredir,etc.
De caras com o perigo o nosso desempenho físico faz coisas extraordinárias, coisas que normalmente não seríamos capazes de fazer em situações mais calmas. Se não existisse esse mecanismo que nos coloca em posição de alerta ou alarme, talvez a nossa espécie nem tivesse sobrevivido às adversidades encontradas pelos nossos ancestrais.
Embora a ansiedade favoreça o desempenho e a adaptação, ela o faz somente até certo ponto, até que o nosso organismo atinja um máximo de eficiência. A partir de um ponto excedente a ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, concorrerá exatamente para o contrário, ou seja, para a falência da capacidade adaptativa.
Apesar dos perigos primitivos e concretos não existirem mais com a mesma frequência, persistiu na nossa natureza a capacidade de reagirmos ansiosamente perante as ameaças.
Com a civilização do ser humano, outros perigos apareceram e ocuparam o lugar daqueles que “stressavam” os nossos ancestrais. Hoje em dia tememos a competitividade social, a segurança social, a competência profissional, a sobrevivência económica, as perspectivas futuras e mais uma infinidade de ameaças abstratas e reais, enfim, tudo isto passou a ter o mesmo significado de ameaça e de perigo que as questões de pura sobrevivência à vida animal ameaçavam os nossos ancestrais.
Se na antiguidade tais ameaças eram concretas e a pessoa tinha um determinado objeto real a combater (fugir ou atacar), localizável no tempo e no espaço, hoje em dia esse objeto de perigo vive dentro de nós. As ameaças vivem, dormem e acordam connosco.
A ansiedade aparece na nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, ela representa um contínuo estado de alerta e uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos. É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier.
Sintomas associados à ansiedade crônica:
Tremores ou sensação de fraqueza;
Tensão ou dor muscular;
Inquietação;
Fadiga fácil;
Falta de ar ou sensação de fôlego curto;
Palpitações;
Sudorese, mãos frias e húmidas;
Boca seca;
Vertigens e tonturas;
Náuseas e diarreia;
Rubor ou calafrios;
Polaciúria( aumento do número de urinadas);
Bolo(nó) na garganta;
Impaciência;
Resposta exagerada à surpresa;
Dificuldade de concentração ou memória prejudicada;
Dificuldade em conciliar e manter o sono
Irritabilidade.